A ação faz parte do projeto “Mãos que Salvam” do curso de Medicina
A reanimação cardiorrespiratória, a massagem cardíaca, pode salvar a vida de uma pessoa que aguarda a chegada de ajuda médica. Segundo especialistas, quanto mais pessoas treinadas para usar a técnica, mais vítimas serão salvas. Estima-se que a manobra feita corretamente aumente em cerca de 30% as chances de sobrevida em quem, por algum motivo, o coração parou de bater.
Pensando nisso, a Faseh – Faculdade de Ecologia Humana, integrante do ecossistema Anima Educação, criou o projeto Mãos que salvam. Os alunos de Medicina se tornaram instrutores de atendimento à parada cardíaca e respiratória, ensinando a população a realizar a massagem cardiorrespiratória. Atualmente, mais de 200 alunos estão habilitados para realizar os treinamentos.
O projeto, idealizado pelo enfermeiro emergencista, especialista em Trauma e Terapia Intensiva e coordenador adjunto do curso de Medicina, Daniel Fernandes, tem parceria com diversas instituições para fazer treinamentos anuais. O objetivo é diminuir cada vez mais os índices de mortalidade devido a paradas cardíacas ou respiratórias. “O suporte básico de vida, que é a habilidade descrita nessas técnicas, é essencial em qualquer nível de atenção à saúde”, afirma Fernandes.
A parada cardiorrespiratória é a interrupção do funcionamento do coração e do pulmão. “Várias doenças e situações de saúde podem culminar no cessamento das batidas do coração e dos movimentos respiratórios do pulmão. Isso gera uma parada cardiorrespiratória, onde o sangue para de circular para o organismo, o que pode ocasionar em morte súbita”, explica Fernandes.
Mesmo com toda a tecnologia disponível, uma simples massagem pode salvar vidas. A reanimação cardiopulmonar é uma medida extremamente importante porque pode minimizar as sequelas, trazer alívio do sofrimento e a preservação da vida quando possível.
Segundo o especialista, ao se deparar com esse tipo de caso, a primeira coisa a se fazer é garantir que o cenário esteja seguro para fazer a avaliação da vítima. Ao fazer essa avaliação, é necessário ligar para o Samu e tomar as devidas providencias. O médico do Samu fará a triagem, por telefone, e designará o suporte para atender a vítima.
Neste momento, é importante iniciar as manobras de reanimação, que consistem na massagem cardíaca. Essa massagem deve ser feita com as mãos entrelaçadas, em cima do tórax da vítima, com os braços esticados. As compressões devem ser rápidas, de 100 a 120 por minuto, para garantir que o tórax volte para a posição normal. O ideal é ter mais de uma pessoa para revezar as compressões a cada dois minutos. Estima-se que a cada um minuto sem compressão toráxica, diminui 10% de sobrevivência da vítima.
Recentemente, a Faseh firmou parceria com a CBTU, Central Brasileira de Trens Urbanos que gerencia o metrô de Belo Horizonte, para realizar treinamentos em colaboradores que atuam como atendentes, mecânicos e profissionais de segurança ferroviária.
Os treinamentos consistem em medidas de suporte básico de vida, que servem para reverter situações de morte subida, parada cardíaca e respiratória, engasgos e crises convulsivas. “Durante as sessões, são ensinadas habilidades e competências de compressão toráxica, ventilação, respiração boca a boca, desengasgo e como se comportar diante de crises convulsivas”, finaliza Fernandes.
Os interessados em participar dos treinamentos do “Mãos que Salvam”, devem entrar em contato pelo instagram: https://www.instagram.com/mqs_faseh/
